quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Banheiros: por favor, não entre!

O banheiro é a válvula de escape do ser humano, isso todo mundo sabe. Melhor: o banheiro talvez seja o único lugar em que todas as pessoas são iguais, independente da cor, da situação financeira e da preferência sexual. Quando a necessidade aperta, um vaso sanitário resolve a situação de qualquer um.

Alguns banheiros são chiques, esbanjam riqueza em suas torneiras banhadas a ouro ou em seu trono de porcelana irlandesa. Para que?, não sabemos, afinal, ou no final, tudo o que nele é produzido é a mesma coisa e vai para o mesmo lugar.

É claro que nós, pessoas de bem, exigimos o mínimo respeito ao entrar em um banheiro. As condições de higiene são sempre importantes, uma privada decente e uma torneira que funcione são fundamentais. Mesmo assim, alguns ainda insistem em fazer desse templo democrático um lugar sujo e desagradável.

Há uma gama enorme e excêntrica de banheiros espalhados por aí. Da infância, vem à memória o banheiro da escola, aquele sanitário que evitávamos de todas as formas. Um dia, sem mais nem menos, a dor de barriga bateu e não houve jeito se não enfrentar o cheiro e a porta sem fechadura. A solução era despejar os problemas no vaso e segurar a porta com um braço estendido.

Em shows com grande público, o problema é outro: o banheiro químico. Depois da dificuldade em abrir a porta de plástico azul, a visão é infernal. O enorme buraco do vaso revela o pior do ser humano. A torneira despeja pouca água, que, aliás, ninguém faz a menor ideia de onde vem. Dois minutos depois, começam a esmurrar a porta. Outro infeliz quer entrar.

Banheiro de balada também é lamentável. Após meia hora esperando em frente à porta, sai de lá um casal ajeitando as roupas. Aí você pensa se algum fluído escapou de onde deveria entrar e foi grudar na parede. No vaso, aliás, a variedade de coisas é sensacional: uma mistura de cinzas de cigarro com urina, bosta e vômito verde .

Por todos esses motivos, nós, do Neurolistas, resolvemos indicar três banheiros ruins da cidade, para que você, pessoa limpinha, não tenha o desprazer de levar um susto com o monstro dos abismos ocultos ao abrir um sanitário.

1) Escola Pedro Taques: O banheiro dessa escola é uma lástima em todos os sentidos. No lugar das famosas pixações pornográficas, como “Chupo garotinhos loiros” ou “Quero ser feliz na sua cama”, encontra-se frases sem sentido, do tipo “Vovó já teve volúpia” ou “Quem inventou o Brasil?”. A cabine não tem vaso sanitário, aliás. Ela foi substituída por uma lata de tinta Suvinil. A lata é o único reservatório. Então...

2) Estação Luz: Na porta, um funcionário guarda o papel higiênico em uma caixa de papelão. Na caixa, o nome do salvador chama a atenção: JESUS! Só ele mesmo para nos salvar do cheiro de esgoto e urina velha. O chão do box está cheio de um líquido esquisito, algo entre o amarelo e o rosa.

3) Boteco em frente à Estação Luz: Se você estiver com muita vontade de ir ao banheiro, não vá nesse, pelo amor de Deus. A privada guarda uma gosma verde estranhíssima. Na pia, sangue! Sim, alguém despejou um litro de sangue ali. Um sangue seco e desencarnado. A impressão é que naquele boteco rola um comércio de órgãos. Os rins, fígados e intestinos são retirados e embalados ali mesmo, no banheiro.

7 comentários:

Leandro disse...

Se você tiver uma dica de um banheiro ruim, por favor poste aqui.

Obrigado!

Nath disse...

UHAUHAAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHUAHUHAAHUAUHAUHAUHAUAHUAUHAAUHHUAA

nao sei o que comentar ainda. abri essa janela no impulso.
mas o texto eh uma mistura de bons modos com palavras inesperadas...

ah, adorei a ideia do comercio de orgaos.. melhor investigar!

Tatiane disse...

Só uma coisa a dizer: nojoooooooooooo!
Acho que o seu texto empata com "a dor de barriga" do Daniel.

Dica de banheiro ruim: banheiro do Outs depois da 1 da manhã.

Jefferson Sato disse...

Pooo, esse texto acabou incompleto. Era pra ser um top de banheiros.
Ficou faltando algumas sugestões minhas.

Tem o banheiro do Chamegos, que não tinha privada, era na pia. Isso o banheiro masculino. Por esse motivo, todo mundo usava o feminino, que é do lado do PALCO e a única coisa que separa as pessoas que assistem o show e a pessoa necessitada é uma cortina de plástico que fica sempre entreaberta.

Existe um bar na rua Augusta que tem a descarga mais potente do universo. A água acertou meu PESCOÇO! E não foi gotinha não, foi uma maldita torrente que subia e voava para todos os lados. Agora imagina a mesma cena, mas com água suja de banheiro de boteco, com todos os ítens que tem direito (vômito, por exemplo). Pois é...

Aquele banheiro do Shopping Light, no centro, também merece uma posição de honra, porque ele é pago, é caro, e ele consegue ser pior que os banheiros do térreo na São Judas. Por falar em roubo.

Web Pick up disse...

Hahahahahaha

A lata de suvinil realmente acho que nunca vou encontrar uma igual!

Mas o banheiro mais inusitado que já vi, foi quando estava indo pra Parelheiros fazer a matéria da Jaqueline, na estrada(sim, Parelheiros é tão longe de tudo que pega-se uma estrada pra chegar) passamos pelo Bar do Zé, feito todo de madeira, se assemelhava a uma barraca de feira, e aí sim, somos surpreendidos pelo banheiro mais simples que poderíamos encontrar. Uma porta, gravada a tinta com as letras "WC", que dava direto pro mato!

Essa foi impagável!

Abraços,

Adhemar Juan

Adh2BS disse...

Olá!
O Luís Fernando Veríssimo tem uma crônica sobre as figuras que identificam portas de banheiro, divertidíssima, vou encontrá-la e encaminhar a vcs pelo Adhemar, se é que já não conhecem. Sobre banheiros, uma vez estive em um, numa padaria da R. Augusta (olhaí, Leandro!) que estava tão sujo, tão sujo, mas tão sujo, que tinha uma barata... vomitando de nojo!
Abç,
Adh2bs

Jefferson Sato disse...

Pena que no blog desse maluco não dá para comentar. Senão eu faria propaganda do Neurolistas lá.