quinta-feira, 17 de julho de 2008

Drogado de música

Música!

Isso mesmo, música. Não estilos, não tribos, não classificações, não nomes pré-determinados e subjetivos. Apenas a música em sua forma mais pura. A boa música, que nada mais é do que aquela que nos agrada individualmente. Exato! É simples assim.

Ando pensando bastante nisso. Fiz um perfil no Last.fm esses dias. Para quem não sabe, é um site de relacionamentos, mais ou menos nos moldes do Orkut, mas baseado em música. É uma ferramenta divertida, tenho que admitir. Mas fiquei meio perturbado ao ver algo que eu já sabia que acontecia: as pessoas dão um monte de estilos diferentes para uma mesma coisa. Ah, a banda 'X' é indie. Não, é punk. Não, eu acho que é folk. Espera, tenho certeza absoluta de que é skacore!

É irritante. Nunca gostei desse negócio de rotular as coisas. Quando eu era mais novo, eu dizia que era punk, porque eu sempre gostei da idelogia num geral. Eu me considerava um. Mas o que as pessoas faziam era me olhar da cabeça aos pés e dizer: "Com essas roupas? Com esses cabelos?", e percebi que pouca gente vê além da aparência. Há muitos punks que não se vestem como um (como todos no Bad Religion, por exemplo). Para ser adepto de uma filosofia, você precisa mudar sua cabeça, não sua aparência externa. Por isso que hoje só existem posers no cenário musical. Legal, se o cara se veste como punk, então ele é punk. Uau, que genial. As pessoas esquecem que, antes de ser qualquer coisa, elas são elas mesmas.

É assim na música também: antes ter um estilo, ela é apenas música e isso que é o legal. Há tantos rótulos para uma mesma coisa, que não chega-se a consenso nenhum. E mesmo se chegasse, isso não faria a menor diferença. Não pode existir no mundo alguém que só ouve um determinado tipo de música. Se existir, essa pessoa é uma grande idiota, ela merece morrer. Música é a coisa mais legal que o ser humano inventou (ou devo dizer: adaptou). Como alguém pode não apreciar isso?

Estou com uma banda nova. A outra, sei lá para onde está indo. Mas não importa. Eu vivo querendo montar bandas com todo mundo! Se você quiser, é só dar um toque! Mas sem essa de "não, vamos levar essa banda a sério". Claro que eu levo a sério sempre, mas, acima de tudo, eu gosto de me divertir com a música. Putz, a banda não deu certo? Não importa, foi legal e valeu a pena enquanto durou! É extremamente prazeroso juntar um grupo de pessoas e fazer um som! Estou sempre falando para um monte de gente: "vai lá, aprende a tocar algum instrumento". Não importa se você não é habilidoso ou não tem talento. Apenas faça para se divertir, porque é BOM! É relaxante!

Eis o melhor conselho que posso dar para as pessoas, especialmente agora que é férias: vá e aprenda a tocar um instrumento! Não tem dinheiro pra fazer aula? Não precisa, pega uma base em casa mesmo. A internet tem um monte de lugar que ensina. Instrumentos são caros? Poxa, compre uma gaita, custa 30 reais uma simples da Hering. Compre instrumentos usados, vende em todo canto. Um violão, uma guitarra, um cavaco, um banjo, um teclado, o que você quiser. Você é ruim tocando? Não importa, continue tocando! O que vale é você apreciar a música. Não estilos, não tribos, não classificações, não nomes pré-determinados e subjetivos. Apenas a música em sua forma mais pura. A boa música, que nada mais é do que aquela que nos agrada individualmente. Exato! É simples assim.


Na foto: Robert Johnson que, reza a lenda, vendeu sua alma em uma encruzilhada pela música, tornando-se o rei do Delta Blues.

9 comentários:

Leandro disse...

O texto mais otimista que o Sato já escreveu! Muito bom!

Um dia desses, fui fazer um release de um show de folk. No material que eu li da menina tava dizendo que ela toca folk, folk rock, folk blá blá blá e ANTI-FOLK.
Porra, o show não era de folk? Que merda é essa de anti-folk? É algum tipo obscuro do próprio folk? Ou é 'anti' por ser contra, sei lá? Até hoje não descobri.

Coisas dessas classificações grotescas.

Aí vem o Daniel e diz: "Não, eu não curto metal, eu curto metal- melódico-industrial-socialista-russo-meioironmeioguns".

Adeus

Unknown disse...

Sato, aqui estou eu, apenas para marcar presença, aliás Dani, Lê e Sato...eu sempre estou por aqui, mas nunca comento, pq decidi nunca comentar !! hahahha (É Sato, eu sei que é estranho, mas eu sou assim !! hahaha)
Tbm não vou comentar nada sobre seu texto, mas estou aqui marcando presença, já é um começo, e só estou fazendo isso pq é vc !! hehehhe

Beeijoos :)

Daniel A. disse...

Vai toma no cu Leandro! Hoje em dia quase nem ouço mais Metal. Gostei muito do que o Sato escreveu, e isso aí mano, viva a música! Esse negócio de ser radical e só ouvir um estilo de música e coisa de moleque, depois que vc ganha maturidade vc percebe que ser radical é besteira.

Quem é essa Fernanda aí? Da nossa sala? HIAUHAIUHAIUAHIUAHIUAHIUHa
FLW!!!

Anônimo disse...

Oi Satinho, você pode até não acreditar, mas eu gosto de música. Gostei do texto, não tinha comentado ontem porque esqueci ou por preguiça mesmo. Música e gosto musical é meio difícil de comentar né, cada um sente prazer com um tipo. Ou com vários tipos, tem gente que se diz eclética pra música.

Tatiane disse...

É Sato, as férias tão fazendo bem pra você, até texto otimista você tá escrevendo, ó que chique!
hahahahaha

Bom, concordo com você Sato. Todos esses rótulos/classificações são besteira. Só servem pra limitar a música e os apreciadores dela. E se limitar a conhecer qualquer coisa que seja é burrice.

"metal-melódico-industrial-socialista-russo-meioironmeioguns"
ahsuhasuhausa
Santa criatividade!

:)

Tatiane disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tatiane disse...

Esqueci de dizer:

Tem uma música sobre o cara da foto, eu só não me lembro nem o nome da banda que canta, e nem o nome da música. :P

Anônimo disse...

Cara, minhas férias tão demaissssssssssssss ...

Adiós

Anônimo disse...

Por que nao:)