domingo, 18 de janeiro de 2009

Flerte

O senhor Leandro e eu saímos ontem e, conversando sobre isso em vários momentos, chegamos à conclusão de que todo mundo tem um momento parecido com esse: você e mais alguém estão andando na rua e duas pessoas (duas garotas, em nosso caso) vêm na direção oposta. Elas olham para vocês, dão um sorriso. Vocês olham para elas, dão um sorriso. Elas dizem "hey, guys", em inglês mesmo, e passam reto. Vocês olham para trás. Elas não olham para trás. Vocês pensam, em inglês: "What the fuck...?"

A cena de exemplo foi apenas uma variável desse tipo de momento. O que importa nesses casos é o seguinte: eles terminam aí. Acabou! Foi a flertada* mais rápida que você já deu na sua vida, só pela graça de dar! Aí você pensa "poxa, será que eu deveria ter voltado para falar com a pessoa?" Não! Não deveria, porque é para acabar nisso e se você voltasse, não ia ser diferente! Essa é a graça desses momentos: eles não significam nada! Todo mundo já falou alguma merda para alguém no meio da rua, só por falar, e foi embora! Só dói não saber o que a pessoa ficou pensando depois disso. Talvez essa tenha sido a gota d'água na vida dela e por isso tenha se matado, por sua causa, e você nem descobriu!

* Com o perdão do uso do verbo "flertar", mas é uma ótima palavra!

Pois bem. Flertar é algo que, muitas e muitas vezes, existe pelo mero prazer da caçada. E em uma de nossas conversas ontem, cheguei à conclusão de que é mesmo! Por exemplo: há um cara, ele está no maior papo com a menina, linda, inteligente, corpo de dar inveja em um monte de mulher, dando o maior mole para ele. Só o que falta é a ação final, aquela que vai selar o pacto, o motivo de toda essa caçada. Ele levanta e diz, com um sorriso inocente de quem não sabe o que está fazendo no rosto: "Beleza, você é legal. Estou indo, tchau." E vai embora!** É como caçar um urso só para provar que você consegue! No fim das contas, você nem o mata. Só o machuca muito.

** A história, aliás, é verídica.

Outro exemplo bom é a vontade de querer ser difícil com uma mulher maravilhosa, aquelas princesas européias de filmes que se passam no século XVI. Há quem diga que isso é impossível. Não é impossível... Mas o cara tem que ter a carne de aço! Mas você vai dizer que é a mesma coisa do exemplo anterior. Não, não é! Antes, a idéia era ver até onde ele chegava, agora é ver até onde ELA aguenta! Infelizmente, não conheço uma história real para citar neste caso. Ninguém teve coragem o bastante para tentar ou, então, não teve coragem o bastante para contar.

Que tal isso: você está numa balada, ou seja lá o que for com música, e tem gente dançando. Uma pessoa está lá, sozinha, no meio da pista, aproveitando a noite como pode, você está na sua, também sozinho(a). Ela te olha e pensa que você deveria se juntar a ela, por que não? Você pensa que você deveria se juntar a ela também, por que não? Porque não! Você quer fazer experimentos sádicos com os sentimentos dela, com a mente dela! Por quê? Porque é divertido! Você sabe que consegue ficar com aquela pessoa, mas a questão é: será que ela sabe disso também? Há, então vamos testar, porque somos todos muito malvados!

Então, da próxima vez que você sair para caçar, lembre-se do que leu aqui e tenha em mente de que a caça pode te enganar e pegar você! ^^

7 comentários:

Jefferson Sato disse...

Eu estou de férias, não lembro como se escreve, então não tive a menor intenção de me preocupar com a estrutura desse lixo que você leu. Mas eu estava procurando um assunto, faz tempo que não escrevo, e o Leandro disse: "fala sobre isso". Pois bem. Enquanto o assunto está fresco e não apodreceu (mais), só pelo sarcasmo, eu falei!

E você? Já fez algum teste de limites? Conte sua experiência aqui no Neuroshit! Faça-nos rir!

ana disse...

realista, beijos.

Leandro disse...

Como eu disse, essas coisas morrem ali mesmo. E deve ser assim.

Se você ficar pensando no que poderia ter acontecido se você tivesse respondido o "Hey, guys" vai ser pior ainda. Pelo menos eu acho.

Adeus.

Letícia Ribeiro disse...

Detesto que falem comigo na rua. Explicando melhor: um "hey, gal" me deixaria furiosa, mas um obrigada educado não é problema. hahaha

Anônimo disse...

Uma vez parei no sinal de transito e troquei fixamente olhar com um que tinha um olhão verdão que tava do meu lado por uns segundos ou minutos até o sinal abrir,ai ele disse:Boa Noite. Eu gaguejando respondi:Boa! o sinal abriu e nunca mais o vi, foi um tipo de morte um pra nós dois.
Li um texto ha anos na epoca que falava sobre um pouco sobre isso.Gostei do teu texto. Bju.

Anônimo disse...

Quando eu vou ali no vitrine sempre tem um rídiculo q manda um bilhetinho, do tipo: "Você é uma princesa quero te conhecer"
Aí eu com mta delicadeza respondo: " Oi meu nome é Genivalda trabalio no xopim Frei caneca na conexão aparessa lá" (( desse jeito mesmo... tudo errado...))
Sabe o q a criatura faz???
Senta do meu lado... Como pode sentar pra conversar com uma menina q nem escrever direito, sabe!?!?
Acho q não tem nada a ver com o assunto... mas desabafei AhuAhAuAHuA

Nath disse...

"Você quer fazer experimentos sádicos com os sentimentos dela, com a mente dela!"

nossa, isso é que eu chamo de sentimentalismo.
hahuaha

beijo
comédia o texto xD