No Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de São Paulo há o seguinte tópico:
“Lúcifer. Palavra proparoxítona. Plural: Lucíferes.”
Desde que li isso, quando pesquisava informações para fazer um texto em setembro de 2009, fiquei assombrado com a informação. Mais do que isso: fiquei assombrado com o fato de ela estar no manual de redação do Estadão! O que isso está fazendo lá? Que jornalista foi obrigado a escrever “Lucíferes” em uma matéria (e ainda escreveu errado)? Que tipo de matéria pede por essa palavra? Matutei isso por quase cinco meses e ainda não consigo pensar em uma situação que exija o plural de Lúcifer.
Vai ver foi em uma matéria sobre um assassinato? “Lorenzo Gomes, de 34 anos, foi preso na última quarta-feira após matar a esposa, Godofreda Gomes, de 30, e o filho Astolfo Gomes, de 11, no bairro da Mooca. A polícia acredita que ele era adepto do satanismo e que o crime foi parte de um ritual. A suspeita é apoiada pelo fato de terem encontrado em seu armário desenhos de Lucíferes, feitos pelo próprio acusado.”
Mas nem precisa ser uma matéria jornalística. Talvez em um conto de época, onde um cavalheiro de terno marrom com seu chapéu caído no chão molhado pela chuva e tomado pela raiva de ver sua amada morta injustamente grita com toda a força: “Malditos! Que a ira de mil Lucíferes caia sobre vós como um raio de vingança e justiça!”
E um romance de ação e espionagem? “Nossa organização, a Logic Unit of Chronicle Inteligence for Final Enemy Resistance, ou L.U.C.I.F.E.R., é a inteligência secreta da África do Sul. Estamos no encalço de um terrorista internacional conhecido como Lorenzo. Sua origem, nome verdadeiro, rostos e voz são desconhecidos. Não sabemos nada sobre ele, exceto que é o responsável por diversos ataques pelo mundo nos últimos anos. Entretanto, nós, Lucíferes, estamos fazendo todo o possível para encontrá-lo e neutralizá-lo. É por isso que queremos sua ajuda, Sr. Schneider.”
Eu não sei. Nada disso faz sentido! Eu nunca vou descobrir em que momento precisaram colocar Lúcifer no plural. Quer saber? Um dia eu mesmo vou escrever um texto com a palavra “Lucíferes”!
“Lúcifer. Palavra proparoxítona. Plural: Lucíferes.”
Desde que li isso, quando pesquisava informações para fazer um texto em setembro de 2009, fiquei assombrado com a informação. Mais do que isso: fiquei assombrado com o fato de ela estar no manual de redação do Estadão! O que isso está fazendo lá? Que jornalista foi obrigado a escrever “Lucíferes” em uma matéria (e ainda escreveu errado)? Que tipo de matéria pede por essa palavra? Matutei isso por quase cinco meses e ainda não consigo pensar em uma situação que exija o plural de Lúcifer.
Vai ver foi em uma matéria sobre um assassinato? “Lorenzo Gomes, de 34 anos, foi preso na última quarta-feira após matar a esposa, Godofreda Gomes, de 30, e o filho Astolfo Gomes, de 11, no bairro da Mooca. A polícia acredita que ele era adepto do satanismo e que o crime foi parte de um ritual. A suspeita é apoiada pelo fato de terem encontrado em seu armário desenhos de Lucíferes, feitos pelo próprio acusado.”
Mas nem precisa ser uma matéria jornalística. Talvez em um conto de época, onde um cavalheiro de terno marrom com seu chapéu caído no chão molhado pela chuva e tomado pela raiva de ver sua amada morta injustamente grita com toda a força: “Malditos! Que a ira de mil Lucíferes caia sobre vós como um raio de vingança e justiça!”
E um romance de ação e espionagem? “Nossa organização, a Logic Unit of Chronicle Inteligence for Final Enemy Resistance, ou L.U.C.I.F.E.R., é a inteligência secreta da África do Sul. Estamos no encalço de um terrorista internacional conhecido como Lorenzo. Sua origem, nome verdadeiro, rostos e voz são desconhecidos. Não sabemos nada sobre ele, exceto que é o responsável por diversos ataques pelo mundo nos últimos anos. Entretanto, nós, Lucíferes, estamos fazendo todo o possível para encontrá-lo e neutralizá-lo. É por isso que queremos sua ajuda, Sr. Schneider.”
Eu não sei. Nada disso faz sentido! Eu nunca vou descobrir em que momento precisaram colocar Lúcifer no plural. Quer saber? Um dia eu mesmo vou escrever um texto com a palavra “Lucíferes”!
12 comentários:
Sobrenome "Schneider" em uma agência de inteligência secreta africana, Sato? Ou entendi errado e o tal Sr. Schneider é tipo um Sherlock Holmes e não faz parte de organização alguma?
De qualquer forma, tá estranho isso daí.
E no livro "A leste do Éden" do John Steinbeck tem a palavra 'lucíferes' (e não, não é um livro espírita!).
Eu nunca disse que o Sr. Schneider era da África do Sul.
Mas o "Scheineder" pode tranqüilamente ser na África do Sul, ora.
Bem, voltando ao que me trouxe aqui: as férias te fizeram bem! Gostei mto!
=D
Só um ps: Lorenzo, o fugitivo, é adepto de plásticas? Os seus rostos...
Não! Apenas nunca o viram. Muito esperto, o Lorenzo. Talvez ele seja um pato de borracha. Talvez ninguém nunca saiba a verdade.
PS: Você cobra o nosso programinha e não me responde no Orkut?
Adorei seus exemplos!!!
A organização de inteligência secreta foi o melhor!
Olha, acho que os exemplos que vc deu devem ser algo parecido com a matéria ou conto publicado, pois não vejo outras formaS
Muito bom!!!
Mas tem pedir pro pessoal da L.U.C.I.F.E.R investigar se o Lorenzo que eles procuram não é o mesmo Lorenzo que foi preso na Mooca.
Nunca se sabe...
=P
Minha amiga tem um amigo que se chama Lucifer.
Serio, nao acreditei de primeira, mas depois dessa, vai saber quantos Luciferes existem pelo mundo afora...
ahahha
Eu ri maxter.
Lembrei da nossa discussão há tempos sobre esse caso do uso dos Lucíferes.
Adorei os exemplos!
Realmente é curioso colocar Lucifer no plural será que estão achando um insuficiente?!
Essa realmente eu não entendi. Cabe uma revisão no dicionário neurolístico das origem das palavras.
Vou pesquisar e depois comento aqui.
Adeus.
Que DIABOS, isso acontece!
Adh2bs
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