Sempre tive medo de aprender outras línguas. Sim, medo talvez seja a palavra correta, pois, quando pequeno, tive horríveis pesadelos com coisas como o verbo “to be”, a estrutura sintática do francês ou as palavras de 37 letras do alemão (33 delas consoantes).
Mas, com o tempo, vi que o monstro não era tão assustador assim. Fiz inglês e aprendi palavras bonitinhas como “strawberry”, “seafood” e “starvation”. (Essa última, aliás, não merecia o significado que tem). Também comecei francês e hoje já sei que “La Manche” não é “A mancha”, como quiseram uns brasileiros aí.
Então, passadas todas essas alegrias lingüísticas, eis que me deparo pela primeira vez com uma aula de grego, na faculdade. Nada contra os gregos, claro. Aliás, eles já estão cheios de problemas e não merecem um xingamento. Mas, meu amigo, gostaria muito de saber quem foi o filho de Zeus que inventou essa língua dos diabos, ou língua a de Hades, ou de algum desses deuses que vivem por lá.
Grego é difícil e não se fala mais nisso. Primeiro que as letras não são letras, são desenhos. Segundo que esses desenhos são difíceis de fazer, você não sai assim desenhando sem dar umas três ou quatro olhadelas para ver se está fazendo certo. Terceiro, o que são aqueles acentos estranhos, que surgem do nada e vão parar em lugar nenhum? Acentos embaixo da letra, como assim?
Isso sem contar a maior bizarrice da língua grega: os espíritos. Sim, eles existem e não são uma metáfora dos livros de Homero. Um espírito pode aparecer no meio da palavra, assim do nada, sem avisar mesmo, e conseguir modificar totalmente o significado da frase. Um espírito se parece mais ou menos com isso: ‘
Se isso não bastasse, existem vários tipos de espíritos: até agora só tive o prazer de conhecer o doce e o áspero, mas os outros estão por aí e a qualquer momento vão aparecer no meio da minha frase.
Porém, meus amigos, o grego até que tem umas coisas legais: 1) frases como “O barco navegou a Bizâncio” ou “Atena dormiu no Partenon” só ficam legais mesmo em grego, com aqueles símbolos estranhos e a mitologia toda; 2) quando você quiser dar uma de intelectual, pode sempre usar a técnica da citação. Por exemplo: não sei se você sabia, mas palavra ‘escroto’ vem do grego ‘escrotus’, que, na época do Aristóteles, significava “maldição mandada por Zeus na época da chuva”. Veja como as coisas mudam...
Mas, com o tempo, vi que o monstro não era tão assustador assim. Fiz inglês e aprendi palavras bonitinhas como “strawberry”, “seafood” e “starvation”. (Essa última, aliás, não merecia o significado que tem). Também comecei francês e hoje já sei que “La Manche” não é “A mancha”, como quiseram uns brasileiros aí.
Então, passadas todas essas alegrias lingüísticas, eis que me deparo pela primeira vez com uma aula de grego, na faculdade. Nada contra os gregos, claro. Aliás, eles já estão cheios de problemas e não merecem um xingamento. Mas, meu amigo, gostaria muito de saber quem foi o filho de Zeus que inventou essa língua dos diabos, ou língua a de Hades, ou de algum desses deuses que vivem por lá.
Grego é difícil e não se fala mais nisso. Primeiro que as letras não são letras, são desenhos. Segundo que esses desenhos são difíceis de fazer, você não sai assim desenhando sem dar umas três ou quatro olhadelas para ver se está fazendo certo. Terceiro, o que são aqueles acentos estranhos, que surgem do nada e vão parar em lugar nenhum? Acentos embaixo da letra, como assim?
Isso sem contar a maior bizarrice da língua grega: os espíritos. Sim, eles existem e não são uma metáfora dos livros de Homero. Um espírito pode aparecer no meio da palavra, assim do nada, sem avisar mesmo, e conseguir modificar totalmente o significado da frase. Um espírito se parece mais ou menos com isso: ‘
Se isso não bastasse, existem vários tipos de espíritos: até agora só tive o prazer de conhecer o doce e o áspero, mas os outros estão por aí e a qualquer momento vão aparecer no meio da minha frase.
Porém, meus amigos, o grego até que tem umas coisas legais: 1) frases como “O barco navegou a Bizâncio” ou “Atena dormiu no Partenon” só ficam legais mesmo em grego, com aqueles símbolos estranhos e a mitologia toda; 2) quando você quiser dar uma de intelectual, pode sempre usar a técnica da citação. Por exemplo: não sei se você sabia, mas palavra ‘escroto’ vem do grego ‘escrotus’, que, na época do Aristóteles, significava “maldição mandada por Zeus na época da chuva”. Veja como as coisas mudam...