domingo, 28 de setembro de 2008

Quem são os donos do Neuroshit? (parte 2)

Quando eu tinha três anos, mamãe deve ter pensado que minha carreira na televisão estivesse acabada com a péssima atuação que realizei no teste para o comercial do Danoninho.

– Danoninho vale por um bifinho! – eu disse, olhando para a câmera. Pena que o cara do teste não gostou muito da minha aparência. “Esse não tem o jeito do produto”, ele deve ter imaginado.

Mas não: todos estavam errados! Eu voltaria à TV: quinta-feira, eu e Sato participamos do Antenados, programa da TV São Judas e do Canal Universitário. É claro que tremi, gaguejei e amaldiçoei o tal de Assis Chateubriand por trazer essa caixa de imagens ao nosso país.

***

– Nós precisamos falar no ar também? – nos perguntou uma das participantes, enquanto esperávamos o início da gravação.
– Sim. – respondeu o Sato.
– Puta. – retrucou ela, espantada.

O cenário era feito por alguns cubos onde nós sentamos. Aquele povo todo me olhando me deixou meio vermelho de vergonha. “Por que essa gente quer nos ouvir? Não temos nada para falar”, eu pensei, olhando para o Sato.

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– Boa Tarde, está no ar o Antenados. Estamos aqui com Jefferson Sato e Leandro Furtado, donos do Blog Neurolistas. – a Letícia, apresentadora, começou a falar.

Pára tudo! Quem é esse tal de Leandro Furtado? Trocaram o meu nome e nem me avisaram? Que país é esse? Não mandam nem uma carta ao proprietário do nome informando que ele será mudado sem justificativa. Vou para a Inglaterra, adeus.

Após a brilhante correção da Letícia, o programa foi rolando e minhas orelhas ficando vermelhas, por conta da iluminação. Deve ser por isso que o Lima Duarte tem orelhas tão grandes. As luzes que fazem isso. A televisão é prejudicial às orelhas, meu amigo. Primeiro elas queimam, depois ficam enormes.

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– Como vocês decidem qual é o melhor assunto para postar no Blog? – a Letícia perguntou.

Essa, sem dúvida, foi a questão mais difícil do programa. Como assim? Não temos assuntos importantes: temos uma dor de barriga, escrevemos! Esperamos o ônibus por muito tempo, escrevemos! Estamos com raiva de algo, vamos lá e postamos. Mas como dizer isso sem parecer idiota?

É aí que entram as nossas referências: como bons guitarristas de blues que somos, improvisamos.

– Sei lá, falamos do cotidiano, de coisas do jornalismo e tal, da felicidade, das mulheres, do Brasil.

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– Corta! – gritou alguém.

Acabou o programa. Agora só falta fazer aquela cara feliz e fingir uma conversa legal, enquanto os créditos sobem na tela.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Quem são os donos do Neuroshit?

E ontem eu estava procurando um assunto para atualizar... Quem diria... Ele caiu em meu colo! Foi assim:

Era mais ou menos meio dia. Sentados à mesa, na praça de alimentação da São Judas, estavam Daniel, Leandro, Karol e eu. Nossa querida amiga (embora ela não concorde com esse rótulo em nosso caso), Tatiane, para variar, nos odeia, portanto ela já não estava mais entre nós. A Karol reclama da fome e me pergunta se tenho bala. Como não tinha, resolvi ir lá comprar balinhas para ela (aliás, balinha horrorosa aquela! Destruiram a 7 Belo!). Quando eu volto, lá está! Uma garota, que eu nunca tinha visto antes, conversando com meu grupo. Me aproximei.

Voltando um pouco no tempo, mas saindo do meu ponto de vista e mantendo-o com o grupo à mesa, quando eu saí, chegou uma garota, que ninguem alí nunca tinha visto antes (Mentira. O Leandro tinha). Ela pergunta: "Oi, vocês são do segundo ano de jornalismo? Conhecem os donos do Neurolistas?"

Nesse momento, Daniel achou que a gente tinha falado alguma coisa que alguém não gostou e vieram tirar satisfação da gente! De acordo com ele, havia um "FINISH HIM" em cima de sua cabeça (nerds entenderão a piada). Os donos do Neurolistas? COMO ASSIM? Como ela sabe da existência medíocre desse blog? Nós, que somos os donos, mal lembramos dele! Enfim, os dois respondem que eles são os donos. Aí, baseado no que me falaram, ela os convidou para participar do programa Antenados, da TV São Judas. Nesse momento, eu cheguei. Me explicaram. FATALITY!

Gravar um programa, se bem me lembro, que vai abordar a influência da internet na comunicação, distribuição de informação, enfim... coisas que a internet faz. Expliquei de uma forma tosca aqui, mas vocês entenderam. É que não lembro das palavras exatas. Estava muito assustado com a novidade, afinal recebemos uma visita, fora do nosso círculo de amizades, no blog!

Eu, claro, não aceitei. Quem me conhece sabe como sou, vou dispensar explicações. O Leandro aceitou, e o Daniel disse que, se ele não fosse sozinho, aceitaria também. Agora, vamos aguardar, ansiosamente, pela conclusão da história! Ficaram de respondê-la amanhã. A gravação será feita nesta quinta-feira.

Tomara que consigam! Vai ser legal!

Aliás, moça citada chama-se Letícia.
Letícia, agradecemos o convite! Boa sorte na gravação e na carreira!

sábado, 6 de setembro de 2008

A lista e a falta de assunto

Eu não sei você, mas eu odeio ficar sem assunto para escrever aqui no Neurolistas. O Sato sempre tem assuntos pertinentes: coisas do jornalismo, visões de mundo, música etc. O Daniel é outro que não deixa de ter temas interessantes: dor de barriga, Carla Peres, Gabriel García Márquez, entre outros.

Já eu, não sei bem o porquê, estou sem assuntos nos últimos dias. Passei séculos esperando algo excêntrico acontecer comigo: talvez uma berinjela recheada atravessasse meu caminho, ou, quem sabe, a mina de Direito virasse para mim e dissesse: “Eu te amo, Leandro, sempre te amei e vou sempre te amar”. Mas não: nada disso aconteceu.

A solução para falta de assunto é, como sempre, fazer listas! E a de hoje será sobre coisas e situações que incomodam profundamente a minha pessoa e que me deixam com a vontade de empunhar uma espada japonesa e matar todos os seres deste universo.

Segue a lista:

- Suco de caju;

- Chegar em um lugar e a pessoa falar: “Nossa, você não penteou o cabelo?”;

- Levar susto. Ainda mais quando eu tenho certeza que ali tem um ser humano escondido apenas para me assustar e, mesmo assim, caio na armadilha;

- Alguém dizer que odiou o melhor livro que eu li: “Ah, eu achei o livro superficial e vazio.”;

- Alguém dizer que achou algo “vazio”;

- Filmes/livros/seriados que têm cenas de despedida entre amigos (ou namorados) e está chovendo no lugar: Exemplo: O Caçador de Pipas. Por que, Deus, não podem fazer uma cena dessas com o dia ensolarado?

- Filmes em que a cena mais importante (perseguições, tiroteios etc) é decidida por coisas sem a menor ligação com a história, como pombos ou ratos. Exemplo: O Código Da Vinci;

- Gente que pede dinheiro em porta de show: “Você tem cinco reais para me ajudar a entrar?”. Pior: “Você tem dois contos para MIM comprar uma pinga ali?”, “Não, cara, não tenho”, “Tem sim, dois reais, mano...só uma pinguinha”, “Eu não tenho, porra, não tenho, não tenho, não tenho e não tenho!”;

- Alguém repetir as seguintes frases em um intervalo menor que 15 segundos: “Tipo assim”, ou “Tipo, sei lá”, ou “Tipo assim, sei lá”.